2 de maio de 2011

"Ensina a Criança no Caminho em Que Deve Andar"

O texto abaixo é do Dr. Carlos Hecktheuer, médico psiquiatra que dá palestras na área da educação com foco da participação ativa dos pais na formação dos seus filhos.
Ao ler esse texto me lembrei do conselho do sábio Salomão em Provérbios 22:6: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”.
Os filhos são herança, bênção e alegria, mas também são uma responsabilidade para os pais. Temos o dever de instruí-los no caminho certo para ao crescerem não desviarem jamais.
Que o Senhor nos dê sabedoria para criarmos os nossos filhos como verdadeiros servos de Deus.
Cris Martins


A Lógica Que Motiva os Pais e Mães



Um dia, quando meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes: "Eu os amei o suficiente para ter perguntado aonde vão, com quem vão e a que horas regressarão”.

• Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

• Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram do supermercado ou revistas do jornaleiro, e os fazer dizer ao dono: - Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar.

• Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês, duas horas, enquanto limpavam o seu quarto, tarefa que eu teria feito em 15 minutos.

• Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

• Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

• Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso (e em alguns momentos até odiaram).

• Estas eram as mais difíceis batalhas de todas. Estou contente, venci. Porque no final, vocês venceram também!

• E em qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, quando eles lhes perguntarem se sua mãe era má, meus filhos vão dizer: - Sim, nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo...

• As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos que comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos que comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. Nossos pais tinham que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistiam que lhe disséssemos com quem íamos sair, mesmo que demorássemos apenas uma hora ou menos. Eles insistiam sempre conosco para que lhe disséssemos sempre a verdade e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, eles conseguiam até ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata.

• Não deixavam nossos amigos tocarem a buzina para que saíssemos; eles tinham que subir, bater à porta, para que os nossos pais os conhecessem. Enquanto todos podiam voltar tarde da noite com 12 anos, tivemos que esperar pelo menos 16 para chegar um pouco mais tarde, e aqueles chatos levantavam para saber se a festa foi boa (só para verem como estávamos ao voltar).

• Por causa de nossos pais, nós perdemos imensas experiências na adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido com drogas, em roubo, em atos de vandalismo, em violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime. Foi tudo por causa deles.

• Agora que já somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos "pais maus", como eles foram. Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: "NÃO HÁ PAIS MAUS SUFICIENTES"

(Dr. Carlos Hecktheuer - Médico Psiquiatra

Um comentário: