“Sossegai”
O hino “Sossegai” Nº 328 do Cantor Cristão é um dos meus favoritos e traz uma lição de fé e esperança. Provamelte o autor baseou-se na passagem bíblica onde Jesus acalma a tempestade (Marcos 4:35-41, Mateus 8:23-26 e Lucas 8:22-24). Nesses textos podemos ver o desespero dos discípulos diante da situação aparentemente fora de controle. Mas no mesmo barco estava JESUS e com Ele no barco tudo vai muito bem.
Esse hino faz um paralelo entre o fato ocorrido com os discípulos e as tribulações que enfrentamos.
O barco é a nossa vida, a tempestade são os problemas. Mas, em meio as tempestades da vida é bom saber que Jesus está presente e só Ele é capaz de repreender os fortes ventos e acalmar a fúria do mar.
Basta uma ordem dEle, uma única palavra, e todos os problemas serão obrigados a se curvar.
O segredo é tentar ficar tranquilo e exercitar a fé pois se Jesus estiver em nossa vida, não há razão para temer nenhum problema, nenhuma tempestade, nenhum ataque.
Se Cristo está no barco as ondas não têm escolha. "Sossegai" é a ordem, para elas e para cada um de nós, pois não há sossego maior do que saber que Ele está no controle de tudo.
Que Deus nos ajude a passarmos pelas adversidades da da vida com fé, crendo que se o mestre Jesus estiver no barco as tempestades irão passar e Ele trará a bonança e o nosso barco não irá naufragar.
Que Deus nos ajude a passarmos pelas adversidades da da vida com fé, crendo que se o mestre Jesus estiver no barco as tempestades irão passar e Ele trará a bonança e o nosso barco não irá naufragar.
Que Deus o abençoe,
Cris Martins
Eis o hino,
A História do Hino
Mary Ann Baker, a autora deste lindo hino nasceu em 16 de setembro de 1831. A tuberculose ceifou a vida dos seus pais e deixou-a órfã em tenra idade. Moravam em Chicago com a irmã e o irmão. Esse, um moço de excepcionais qualidades de caráter, começou a sofrer efeitos desta terrível doença. Das suas escassas economias, as duas irmãs conseguiram recursos para que ele viajasse à Flórida, na esperança de que no clima mais ameno começasse a melhoria. Não lhes foi possível acompanhá-lo. “Tudo em vão. Em poucas semanas o mal se agravou e o rapaz faleceu, longe do aconchego da família.” Não havia dinheiro para as irmãs irem ao seu enterro, nem para transportar o seu corpo para Chicago. Mary escreveu sobre esta experiência assoladora:
“Embora nosso choro não fosse ‘como outros que não têm esperança’ e embora tivesse crido em Cristo desde menina e desejasse sempre viver uma vida consagrada e obediente, tornei-me terrivelmente rebelde a esse desígnio da divina providência. Disse no meu coração que Deus não amava a mim, nem aos meus. Mas a própria voz do meu Mestre veio aclamar a tempestade no meu coração rebelde e me trouxe a calma de uma fé mais profunda e uma confiança mais perfeita.”
Foi logo depois desta maçante experiência que o Dr. Horatio Palmer solicitou a Mary Ann o preparo de um grupo de hinos sobre os assuntos das lições da Escola Bíblica da sua igreja Batista. “Um dos temas era Cristo Acalmando a Tempestade. Esta lição expressou tão vividamente a minha experiência, que este hino foi o resultado”
Nas palavras da inigualável hinóloga Henriqueta “Rosinha” Braga, a experiência de Mary Ann não apenas permitiu-lhe narrar com felicidade a passagem bíblica; mais do que isto, capacitou-a a expressar a profunda fé na atuação do Mestre, quando estamos prestes a submergir nas dificuldades, tristezas e impasses em que a vida nos enreda.
Imediatamente, o próprio Dr. Palmer escreveu a música para o hino, que tem beneficiado a muitos com a sua mensagem de fé. Publicou-o na sua coletânea Songs of Love for the Bible School(Cânticos de Amor para a Escola Bíblica), em 1874.
Depois disto, Mary Ann se empenhou de corpo e alma à União de Mulheres Cristãs Pela Temperança. Neste ministério teve oportunidade de observar, bem de perto, o sofrimento de irmãs, esposas e mães de alcoólatras cujas vidas naufragaram pelo degradante vício de beber. Depois de chorar com muitas destas mulheres ao lado da sepultura destes seus entes queridos, ela testificou: “Tenho chegado a sentir gratidão pelas doces memórias do meu irmão. O caminho de Deus é o melhor”.
Ao saber que seu hino também estava sendo uma grande benção em outros países. Mary Ann Baker disse: “Me surpreende muito que este humilde hino tenha atravessado os mares e sido cantado em terras bem distantes para a honra do nome do meu Salvador”.
Este hino logo foi incluído em outras coletâneas, Nos Estados Unidos, tornou-se tão amado que, em 1881, quando o Presidente Garfield foi baleado, ficou entre a vida e a morte, e finalmente morreu, este hino foi usado repetidamente em cultos em sua homenagem. Foi neste ano que a autora também faleceu.
Sankey incluiu este hino em Sacred Songs and Solos (Cânticos e Solos Sacros-1881), que o difundiu ao redor do mundo. Provavelmente foi deste hinário que o saudoso missionário William Edwin Entzminger o traduziu para o português em 1903 e o incluiu no Cantor Cristão. Esta bela tradução, muito fiel à letra original, fez com que o hino se tornasse um dos favoritos dos evangélicos brasileiros.
Fonte : http://musicaeadoracao.wordpress.com